terça-feira, 14 de maio de 2013

Com que roupa eu vou?



Gente do céu, eu amo essa mulher, sério! Não sei como, nem muito do por quê. Eu acho que foi de tanto ler o blog dela e me identificar com cada palavra que salta da tela do meu computador direto para o meu coração. E daí quando eu descobri que ela gosta de moda também, foi que eu me derreti toda- kkk. Brincadeiras à parte, Luciana Linda Honorata é mestre do Rhema, trabalha com moda e é suuuuuuuuuuper estilosa. Escreve em dois blog, O Verbo em mim e o Em Verdade; e recentemente voltou para facul e faz letras português( né isso, Lu?). Fiquem com o delicioso texto que ela escreveu especialmente  para nós, do Família DAVV, que não serve só para meninas... viu meninos? kkkk
Paz
Amo vcs! 
Rafinha :)





"D-U-V-I-D-O que você goste mais de moda do que eu, duvido deodó! Trabalho com moda desde os 15 anos e, vaidosa que sou, adoro saber (e usar) quase todas as novidades e tendências que são lançadas no mundo fashion. Como é legal, a mudança das cores e formatos, estampas e tecidos... Como se reinventa o modo se vestir em toda estação. Pra mim, é um imenso prazer!

Moda realmente é uma paixão para as mulheres, e alguns homens até gostam mais do que a média, mas muitas pessoas têm me perguntado qual o posicionamento, como cristãos, que devemos ter diante dela, e como falar desse assunto sem parecer careta ou religioso, cheios de “pode isso” e “não pode aquilo”, como se a Bíblia tivesse uma seção “Com que roupa eu vou?”.

“E aí, posso usar tomara que caia?”, já me perguntaram. “E o tamanho do short ou da saia, quantos dedos acima do joelho pode ser?”, “Posso usar biquíni?”, “E blusa de alcinha?” ... Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas, geradas pela falta de conhecimento da Palavra e de maturidade para obedecê-la, mas que vão cair por terra agorinha, amém?!

Bom, em primeiro lugar, eu gostaria de lhe convidar a pensar sobre o que é a moda, o que ela significa e, sobretudo, qual o peso que há no modo como nos vestimos. Se você fizer uma breve pesquisa ou assistir reportagens e programas com personal stylists (os famosos consultores de moda), vai descobrir que a sua roupa “fala” sobre quem você é, sua personalidade e modo de vida. A roupa tem uma “voz”, ela diz algo, ainda que você pense que não.

Quer ver? Você vai negar que se você ver uma pessoa atravessando a rua vestida com penas na frente da genitália, pulseiras de semente e um cocar na cabeça, vai duvidar que ela veio lá do Amazonas e mora numa oca? Claro que não! Eu sei que é um exemplo extremo, mas não deixa de ser verdadeiro. Da mesma forma, ao vermos pessoas vestidas de preto dos pés à cabeça, com caveiras e símbolos ultra esquisitos, lápis de olho e cabelos mais esquisitos ainda, deduzimos que são roqueiros; homens de terno concluímos que são executivos, advogados ou pastores, e por aí vai.

A roupa fala da nossa personalidade de algum modo, ainda que fale da falta dela! É por isso que os profissionais do ramo perguntam sobre o estilo de vida da pessoa, o que ela gosta, o que faz e qual a imagem que ela deseja passar, antes de dar as dicas sobre como se vestir ou de ajudá-la a escolher o novo guarda-roupa.


Mas o que isso tem a ver? Isso tem muito a ver conosco, porque como cristãos, somos portadores de uma mensagem e a maneira como nos vestimos é uma parte dela.
O que você está dizendo com a sua maneira de se vestir? Qual a mensagem que você pretende transmitir? Está falando que é sal da terra e luz do mundo?
“Huummm, sou liberal, hein!”, “carnal”, “atiradinha” ou “não me leve tão a sério” ... são algumas das mensagens indesejadas que podemos passar.


Meninas que têm necessidade de mostrar muito o corpo, geralmente fazem isso sem analisar a verdadeira motivação dos seus corações, que é chamar a atenção dos rapazes, para que eles as elogiem e desejem. Mas cuidado, se você quer “pescar” um namoradinho com a sua carne, é um namoradinho carnal que vai ter, e eu posso te garantir (por experiência própria) que isso não é vantajoso nem em Marte!

Aconselhei uma menina, alguns anos atrás, que não se sentia respeitada pelos rapazes da igreja. Ela tinha cometido alguns erros na área do namoro, que a marcaram e mancharam sua imagem, mas como estava arrependida, tentava refazer sua honra e reconquistar o respeito, entretanto, sem sucesso. E por quê? Porque a forma como ela se vestia, e suas fotos nas redes sociais não diziam a mesma coisa que ela supostamente queria dizer. Eu a levei a pensar sobre isso, mas ela, teimosa que era, insistiu e caiu em mais duas ou três roubadas até se emendar. Graças a Deus, mudou e agora está bem.

A questão é que precisamos pensar se há uma diferença grotesca entre aquilo que cremos e o modo como nos vestimos. Você crê em Jesus e o ama de todo o coração, mas não percebe que a sua roupa te expõe e fala que você e o mundo ainda têm muito em comum... Muito mesmo!

Suas roupas dizem que você é uma nova criatura? Você andaria ao lado do Senhor, sem constrangimento, com essa indumentária?
Não é que tenhamos que ser religiosas e caretas, me entenda. Não é que precisemos estabelecer uma tabela de comprimentos de saia e largura de alças. Só quer dizer que devemos, sempre que formos nos vestir, usar o bom senso e nos perguntarmos o que nossa roupa está dizendo sobre nós, e se é diferente daquilo que queremos transmitir.

Você é alguém de valor, não se desvalorize!
Você sabe que é santa? Você sabe que seu corpo é templo do Espírito de Deus?
A Bíblia diz:
“..da mesma forma quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição... (1 Timóteo 2.9)
A Bíblia pode não enfatizar o assunto como gostaríamos, mas ela enfatiza princípios que norteiam a nossa vida como um todo e podem, muito bem, nos ajudar nisso. Um desses princípios é o da “decência”.
Deus é decente, e como filhos dele, devemos ser também. Se as suas roupas não expressam a decência de um filho de Deus, algo está errado, pois quem é santa por dentro, deve mostrar isso também por fora.


Essa história de que Deus não liga para as nossas roupas é uma meia verdade, pois em tudo somos seus representantes. Nenhum governo permite que seus embaixadores se vistam e se comportem de modo inadequado, desleixado ou vulgar. Há um padrão de extrema excelência! É claro que isso não significa, contudo, que vamos fazer uma espécie de uniforme para os crentes, e estabelecer regras inflexíveis, mas vale pensar melhor sobre o assunto e nos comprometermos com a santidade e dignidade do nosso Senhor.

Ao olhar para nós, as pessoas têm que ver Deus e seu caráter. Elas têm que ver Jesus nas nossas atitudes, e o efeito da sua presença nas nossas vidas como um todo. Organização, limpeza, decência, são atributos de alguém que anda com o Senhor, e isso fica evidente na nossa apresentação ao mundo.

“Sendo assim, devo acompanhar a moda ou não devo?”

Minha proposta com esse texto não é dizer o que se deve fazer, mas te fazer pensar para que você descubra o que é melhor para si mesma.
Eu, particularmente, lembrando das palavras do apóstolo Paulo, “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém”, entendo que a vida cristã é um eterno descobrir aquilo que me cabe e aquilo que não tem nada a ver comigo e com meu novo estilo superfashion de adoradora.
Eu não sirvo à moda, sirvo a Cristo, e vou escolher dela aquilo que me servir. #ficaAdica"



Luciana Honorata

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